Guerra dos Farrapos

             Assim como a Confederação do Equador, a Revolução Farroupilha não tinha caráter separatista em seu início.
            Durante, praticamente, todo o Período Colonial brasileiro, a província do Rio Grande do Sul viveu em permanente estado de disputa com os espanhóis em torno da posse da terra e das regiões de Sacramento e das Missões. O último conflito fronteiriço ocorreu no início do século XIX, com a guerra pela libertação da província Cisplatina (conhecido hoje como Uruguai).
         O fortalecimento econômico dos estancieiros levou-os a exigir uma redução dos impostos sobre seus produtos, principalmente para o charque, pois concorriam em desigualdade com o produto argentino e uruguaio. 
                A revolta atingiu também a Província de Santa Catarina em 1839. O movimento não tinha ideias separatistas, pois sabiam que isso lhes custaria o comércio do charque. Buscavam, então, mais autonomia política e administrativa e a defesa de seus interesses regionais.
            Foi a revolta mais duradoura do Período Imperial (10 anos). No final, o governo imperial mais negociou e cedeu do que reprimiu: houve anistia aos revoltosos, integração dos oficiais rebeldes com suas patentes ao Exército Imperial, liberdade para os escravos que haviam participado da guerra, taxação sobre o charque importado, pagamento das dívidas da guerrra e indicação pelos farrapos do presidente de sua Província.
                      

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