Devido à sua posição estratégica, junto ao rio da Prata, e sua rica pecuária, o território hoje pertencente ao Uruguai, então chamado de Banda Oriental, foi palco de disputas que remontam ao Período Colonial.
      Em 1821, a Banda Oriental foi anexada ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina. Este ato gerou protestos por parte da Inglaterra e Espanha e, também, descontentamentos no próprio Brasil, devido aos grandes gastos com a guerra.


      Apoiados pela Argentina, deflagraram uma guerra contra o Brasil que durou dois anos, chamada de Guerra Cisplatina. A independência uruguaia só foi reconhecida em 27 de agosto de 1828, por meio de um tratado de paz, negociado pelos ingleses, em que tanto argentinos quanto brasileiros renunciavam a suas pretensões sobre a Banda Oriental.

                  
    A dominação racial desempenhou um papel importante nas lutas pela independência: os principais confrontos com a metrópole aconteceram onde não havia grande presença de povos nativos, como na região do rio da Prata e na Venezuela. Nos lugares onde a presença indígena era maior, os defensores da independência foram menos seguidos, como no México e especialmente no Peru.
    A principal grande figura no processo de emancipação política foi o Simón Bolívar, que recebeu o título de ''o Libertador'' alguns anos após sua morte. Suas campanhas tiveram apoio inglês em vários aspectos: suprimentos, armas e equipamentos comprados em Londres. 
      A despeito de todas as lutas por libertação, as Américas Central e do Sul continuaram divididas por questões étnicas e sociais. O vácuo deixado pela saída de Portugal e Espanha foi logo preenchido pela Inglaterra e outras potências europeias, que exportavam produtos manufaturados baratos em troca de matérias-primas                                                              

      

        Foi um movimento liderado por um ex-escravo (Toussaint L'Ouverture). Os negros se uniram às forças espanholas do outro lado da ilha, massacraram colonos brancos, venceram sucessivamente as tropas francesas, inglesas e espanholas e aboliram a escravidão na ilha. 
       Em 1802, Napoleão Bonaparte tentou restabelecer a autoridade francesa na ilha, enviando 30 mil soldados, mas foi rechaçado. Toussaint foi capturado e morreu em uma prisão francesa em 1803.
        O Haiti foi a segunda colônia do continente a conquistar a independência e a primeira república negra que não foi prontamente reconhecida.

















                       
      Em 1776, foi aprovada a Declaração de Independência dos ''Treze Estados Unidos da América'', indicando que essas antigas colônias inglesas assumiam, a partir de então,sua soberania, dando também continuidade aos combates inciados em abril do ano anterior, em Lexington (Massachussetts).
       As 13 colônias inglesas da América do Norte tinham bastante autonomia se comparadas a colônias de outras nações europeias da época. Os conflitos entre norte americanos e ingleses começaram quando a metrópole requisitou de suas colônias ajuda na recuperação dos gastos gerados pela sua guerra travada no continente americano com a França (a chamada Guerra dos 7 anos). Isso resultou em várias medidas impostas pelo Parlamento inglês, como impostos sobre as importações de açúcar, cumbo, vidro, tinturas, papel e chá; a regulamentação de atos oficiais, jogos de baralho, almanaques e livros; a supremacia do Parlamento e seu direito de legislar sobre as colônias.
       Até 1781, quando os últimos tiros foram disparados em Yorktown (Virgínia), essa faixa do litoral leste da América do Norte foi palco da luta dos colonos americanos contra o domínio da Inglaterra.
       Os franceses forneceram recursos financeiros e militares para sustentar o movimento e aliciaram os espanhóis contra os ingleses. A participação de tropas francesas foi decisiva para a vitória dos colonos, os quais tinham afinidade com os ideais iluministas e significou também m revide à derrota sofrida na Guerra dos 7 anos.
        Tanto a Declaração de Independência dos Estados Unidos, como a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, baseiam-se em ideias iluministas. Esses 2 documentos foram a inspiração para os líderes de revoltas no Brasil e dos movimentos emancipacionistas na América espanhola.

       

Guerra dos Farrapos

             Assim como a Confederação do Equador, a Revolução Farroupilha não tinha caráter separatista em seu início.
            Durante, praticamente, todo o Período Colonial brasileiro, a província do Rio Grande do Sul viveu em permanente estado de disputa com os espanhóis em torno da posse da terra e das regiões de Sacramento e das Missões. O último conflito fronteiriço ocorreu no início do século XIX, com a guerra pela libertação da província Cisplatina (conhecido hoje como Uruguai).
         O fortalecimento econômico dos estancieiros levou-os a exigir uma redução dos impostos sobre seus produtos, principalmente para o charque, pois concorriam em desigualdade com o produto argentino e uruguaio. 
                A revolta atingiu também a Província de Santa Catarina em 1839. O movimento não tinha ideias separatistas, pois sabiam que isso lhes custaria o comércio do charque. Buscavam, então, mais autonomia política e administrativa e a defesa de seus interesses regionais.
            Foi a revolta mais duradoura do Período Imperial (10 anos). No final, o governo imperial mais negociou e cedeu do que reprimiu: houve anistia aos revoltosos, integração dos oficiais rebeldes com suas patentes ao Exército Imperial, liberdade para os escravos que haviam participado da guerra, taxação sobre o charque importado, pagamento das dívidas da guerrra e indicação pelos farrapos do presidente de sua Província.
                      

          O conflito armado entre Argentina, Brasil e Uruguai contra o vizinho Paraguai, ocorrido entre 1864 e 1870, é chamado de ''Guerra do Paraguai'', porém os paraguaios costumam chamar de ''Guerra da Tríplice Aliança''.
         Essa guerra foi o maior confito armado da América do Sul, tendo como resultado a morte de 130 mil pessoas nos 4 países envolvidos. Para o Brasil, além das perdas humanas, os gastos com a guerra resultaram num ''deficit'' público que se arrastaria por mais de 20 anos e contribuiria para o enfraquecimento da Monarquia de D. Pedro II.
            Em 1970 ganhou força a ideia de que a Inglaterra teria utilizado Brasil e Argentina para destruir o Paraguai, cujo crescimento industrial e autonomia ameaçavam o poderio inglês na região.
                       
           
          

       O sistema métrico, que utiliza uma estrutura de múltiplos e submúltiplos decimais da unidade, foi concebido em 1670, mas só na época da Revolução Francesa foi aprovado.
       A introdução do novo sistema não foi fácil em nenhum dos países que o adotaram, pois os novos nomes das unidades e a divisão decimal que era diferente da habitualmente utilizada.
       O movimento do Quebra-Quilos começou na Paraíba, em 1874, e marca o ponto alto de uma série de insatisfações da população. Naquela época, vários segmentos das camadas populares até os proprietários de terras, religiosos e militares estavam insatisfeitos com o governo de D. Pedro II.
       Em novembro de 1874, a população do interior da Paraíba revoltou-se contra a mudança no sistema de pesos e medidas usados até então. O grande líder desse movimento chama-se João Vieira.
                       
               

       Enquanto em um lado tinha urbanização avançada, possuía casa de ópera e se orgulhava de sua elite educada, que contava com uma organização política de mulheres, da população que buscava garantir a participação feminina nas decisões políticas da sociedade paraense, do outro lado estavam uma imensa população vivendo em condições precárias, sem saneamento, correndo risco de pegar inúmeras doenças. 
       São poucos os relatos sobre o cotidiano de Belém durante o tempo em que lutou por sua autonomia contra as forças imperiais, mas não é difícil imaginar a sensação de insegurança total da população, principalmente a mais pobre e de desorganização da estrutura urbana em um período prolongado de conflitos.
       A incorporação da Província do Grão-Pará e Rio Negro ao Império Brasileiro não foi feita com tranquilidade. Composta por uma parcela de indígenas, negros, escravos e mestiços, a maior parte da população vivia em péssimas condições no interior e nos arredores de Belém.
                              
                 

Período Regencial

       Em 1831 teve o ínicio do Período Regencial, cujo objetivo era manter a monarquia até que o herdeiro do trono pudesse assumi-lo. Existiu duas regências trinas e duas regências unas. Além das revoltas populares que veremos nas postagens seguintes, o período foi marcado pela expansão da cultura cafeeira na região do Vale do Paraíba e pela modificação da Constituição pelo Ato Adicional de 1834. Apesar de tudo, o período durou menos de dez anos, tendo seu fim em 1940.
                            
               

       No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I, praticamente isolado e sem apoio militar, deixou o trono para o seu filho, Pedro de Alcântra, que na época tinha apenas 5 anos de idade, e partiu para Portugal, onde lutou para recuperar o trono português que havia sido tomado de sua filha. Tudo isso provocou uma grave crise política institucional.
                                        File:Benedito Calixto - Retrato de Dom Pedro I, 1902.jpg
                   

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